CASCAVEL – Falta um mês para os treinos que vão abrir a programação da primeira etapa do Campeonato Metropolitano de Marcas & Pilotos em Cascavel – as corridas vão acontecer em 28 de fevereiro e desde já está todo mundo convidado a participar do evento no Autódromo Zilmar Beux. Haverá também a categoria Turismo 1600, que apresentei aqui no blog nesse post de domingo, e a promissora Copa Cascavel de Motovelocidade, nova empreitada do Orlei Silva, e dessa pretendo falar nos próximos dias.
Falta um mês, ainda, e a lista que trago aqui deverá aumentar nesse meio-tempo. Havendo confirmação de novos nomes, serão acrescentados aqui mesmo. Na publicação original de hoje, 26 de janeiro, são 20 carros no grid das categorias A e B.
Maioria das fotos de pista que ilustra o post são da Sandra Zama. Também tem uma da lavra do Sérgio Sanderson e uma outra que alguém sacou com um telefone celular, porque o carro é novo e ainda está na oficina – vocês vão identificar facilmente a autoria do material. Essa aí acima, abrindo o bate-papo, é do acervo do Cleocinei Zonta. Enfim, sem firulas, conheçamos os nomes que vão disputar os títulos metropolitanos da A e da B nas seis rodadas duplas de 2016.
2 – Júnior CAÚS (A)
Esteve no primeiro pódio da história do Metropolitano de Marcas & Pilotos, em 2001. Foi terceiro colocado com um GM Chevette. Eu teria arriscado afirmar a qualquer tempo que foi o único a participar de todas as corridas da história da competição, mas ele próprio me confirmou, durante confraternização de dias atrás, ter ficado fora de duas ou três corridas nesse tempo todo. Campeão em 2009 e dono de alguns vice-campeonatos, um deles conquistado em 2015, Edoli Pedro Caús Júnior é (por enquanto…) o único piloto da Caús Motorsport para a temporada que começa no mês que vem. A preparação do GM Celta número 2 segue a cargo de João Caús, seu sempre calado primo.
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3 – Thiago KLEIN (A)
O primeiro título chegou, enfim, em 2015. Foi o ano da afirmação de Thiago Miola Klein no cenário automobilístico, sobretudo pelo fato de, no meio da temporada, ter vencido em Goiânia uma etapa do Centro-Oeste de Marcas & Pilotos que reuniu 56 carros no grid. Para o campeonato que começa no mês que vem, em que defenderá pelo segundo ano seguido a Paraguay Racing, troca o VW Gol pelo Ford Fiesta – esse da foto, com que Odair dos Santos e Leandro Reis disputaram a Cascavel de Ouro –, mantendo o número 3 no parabrisa e nos acrílicos laterais. A equipe tem suporte técnico da Stumpf Preparações.
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8 – Leandro ZANDONÁ (A)
Campeão em 2014, enfrentou dissabores na última temporada e viu sua chance de um novo título ruir de vez a partir da ausência na quarta etapa, por força de uma viagem a trabalho – o regulamento desportivo estipulava que apenas pilotos que participaram de todas as etapas receberiam as cobiçadas bonificações nas duas rodadas duplas finais. A temporada aquém dos sonhos terminou com um acidente que destruiu seu carro em Guaporé no início de dezembro, no Festival Brasileiro de Marcas. Fez menção de parar de correr, até agora não confirmou a ninguém que vá participar. Aposto que vai, com o Ford Fiesta da Ferrari Motorsport.
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13 – Caíto CARVALHO (B)
A estreia no automobilismo, em 2015, aconteceu quase por acaso. Tanto que ficou sabendo através de terceiros que participaria de uma das etapas do Metropolitano na categoria N, com um Ford Escort. A partir disso, já integrando o grid da classe A, Caio César Carvalho aproveitou tanto quanto pôde as instruções que recebeu do experiente André Bragantini Júnior, assumiu bom ritmo e abre sua primeira temporada completa acreditando que pode, sim, disputar o título da categoria B. Seu carro será o GM Celta número 13 da Sensei Sushi Bar-Sorbara Motorsport, o mesmo com que venceu a última etapa do campeonato passado tendo André como parceiro.
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14 – João Paulo GELAIN/Marcelo BEUX (B)
Os dois utilizam a bandeira do Paraguai nos macacões e na identificação do carro. Mas são paranaenses – João Paulo nasceu em Palotina, enquanto Marcelo é cascavelense. A reverência ao país vizinho vem do fato de exercerem lá suas atividades profissionais. Tal qual ocorreu em 2015, Marcelo vai disputar todas as etapas, coordenando na pista o desenvolvimento do VW Gol da Speed Car, enquanto João terá sua presença nas etapas condicionada à sempre movimentada agenda de trabalho. Campeonato Paranaense, Cascavel de Ouro e Festival Brasileiro também estão no planejamento da dupla, que espera se valer da evolução alcançada no ano passado para estarem na disputa direta pelo título.
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21 – Paulo PAIVA (B)
Convive, no ambiente de trabalho, com estudantes da área automotiva, que diz servirem-lhe como inspiração para manter o gosto pelas corridas de carro que sempre frequentou. Era adepto das arrancadas até 2014, quando teve na Cascavel de Ouro a primeira experiência como piloto de corridas – foi o suficiente para sua preferência tomar outro rumo. A partir disso providenciou o Fiat Palio com que Paulo Vessaro disputou o Metropolitano por várias temporadas e está em vias de definir com a Ferrari Motorsport a manutenção do carro para a nova temporada. Ainda não viabilizou patrocínio para todas as etapas.
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22 – Wanderley FAUST/Ângelo GIOMBELLI
Dupla que entra na lista em atualização do post das 14h01 de 13 de fevereiro. Vão revezar um Ford Ka. Faust, que é o secretário municipal do Esporte e Lazer de Cascavel, já havia dito que não disputaria o Metropolitano deste ano, atendo-se apenas às três etapas do Campeonato Paranaense e ao Festival Brasileiro do fim do ano. No fim, acabou mudando de ideia e formou dupla com Ângelo Giombelli, piloto cuja longa carreira nas pistas destaca os três títulos brasileiros conquistados em dupla com Ingo Hoffmann na Stock Car. O número do carro será o 22 que Faust sempre usou, em que pese Giombelli, ao longo de toda sua carreira, ter sido fiel ao 33, que permanece disponível na lista de inscritos. A equipe é a Sérgio Ferrari Racing Team e a menção que se vê à Paraguay Racing não corresponde à atualidade – a foto foi produzida pela Sandra Zama durante o Festival Brasileiro de Marcas do ano passado, em Guaporé, onde o carro foi conduzido por Thiago Klein.
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23 – Guilherme SPERAFICO (A)
É um dos pilotos que dão sequência à saga da família de Toledo nas pistas de automobilismo. Já são mais de dez integrantes que correram ou correm, o que penso configurar um recorde mundial. Alcançou bom nível de desenvolvimento do Renault Clio da Sérgio Ferrari Racing Team, saldo que espera converter em vitórias e no título da categoria principal do Campeonato Metropolitano. Em 2015, acompanhou com atenção e curiosidade os testes que Milton Sperafico, seu pai, fez com seu carro. Sem competir há mais de 20 anos, Milton preferiu adiar a volta efetiva às pistas. Que pode acontecer neste ano. Em termos de layout, pelos critérios singulares do #DataLuc, é o carro mais bonito do grid.
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27 – Natan SPERAFICO (A)
Teve uma temporada bastante combativa em 2015, embora não tenha participado de todas as seis etapas. A redenção veio em outubro, com a vitória na 29ª Cascavel de Ouro, formando dupla com o primo Ricardo. A evolução como piloto traz ao toledano de 25 anos a expectativa de se apresentar desde o início da temporada como forte candidato ao título. Se novas vitórias vierem, o que não terá sido surpresa alguma, pode se motivar a cumprir todas as etapas – por ora, não confirma presença em todos os grids do ano. Continua competindo com mesmo Ford Ka que devolveu o título da Cascavel de Ouro à Sérgio Ferrari Racing Team depois de quase três décadas.
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28 – Marcel SEDANO Rodrigues (A)
Pelo que sei, é o único piloto de automobilismo de Porto União, que partilha com União da Vitória a divisa catarinense com o Paraná. Dono de um título do Festival Brasileiro, que conquistou em 2012, dedicou-se por várias temporadas ao Metropolitano de Curitiba. Nas últimas, deu prioridade ao de Cascavel, onde está a sede da Stumpf Preparações, sua equipe. Foi o vencedor da primeira etapa do último campeonato, em que conquistou o quinto lugar na classificação final. Nome garantido na lista dos principais candidatos ao título, Sedano é um dos adeptos do modelo VW Gol.
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32 – André MARAFON (B)
É representante da cidade de Medianeira, onde hora ou outra Michel Teló será eleito prefeito. Fez carreira no kart, com três títulos paranaenses, um no Sul-Brasileiro e um vice-campeonato na Copa do Brasil. Vai tomar parte do grid da categoria B inscrito com o Ford Fiesta da Cezarotto Motorsport – logo, pelo menos na primeira etapa, será meu companheiro de equipe, e sei que o André também providenciou a revisão de seu antigo Ford Escort para deixa-lo pronto a quem tiver interesse em um carro de aluguel na Turismo 1600. Sua opção seria pelo número 8, que é de Leandro Zandoná. O plano-reserva seria o 88, que tem Tico Romanini como dono honorário. Assim, optou por manter o número que já estava no carro, o 32 com que Wyllian Cezarotto disputou algumas etapas de 2015.
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33 – Felipe CARVALHO (B)
Segue os passos de Caíto e estreia no automobilismo também pela Sensei Sushi Bar-Sorbara Motorsport. Aos 22 anos, vai integrar o grid da classe B com um GM Classic. A conclusão montagem do carro será finalizada no início de fevereiro, depois do treino coletivo deste sábado. Mas deverá fazer os primeiros testes antes da primeira etapa. Desde pequeno, quando acompanhava o trabalho dos pais na lanchonete do autódromo, via a movimentação de pista vislumbrando um dia tomar parte dela. Entra para se divertir tanto quanto puder, já admitindo espaço para a rivalidade com o irmão mais velho. Mas só na pista.
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43 – Anderson PORTES (B)
Anfitrião de maioria dos encontros informais dos pilotos do campeonato, vai para seu terceiro ano no Metropolitano de Marcas & Pilotos, como sempre pela Sérgio Ferrari Racing Team e de Ford Ka. Foi terceiro colocado na classificação final da classe B em 2014 e em 2015, mas nos dois campeonatos viu-se obrigado a se ausentar de pelo menos uma etapa. Agora pretende disputar todas as 12 corridas, além de competir no Campeonato Paranaense. Já avisou que terá a torcida in loco do filho Lorenzo, um figurinha de colo que sempre aparece nas confraternizações da rapaziada. Conversei rapidamente com todos os pilotos do campeonato para preparar esse post e o Anderson foi o único que teve a, hã, preocupação de citar seus apoiadores. Diante da boa sacada dele, indico-os: Eurotec, Farol Verde e Mecânica Piroli.
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46 – Edson MASSARO (B)
No ano passado, ora estava na pista correndo pela categoria B, ora estava junto da mureta de box acompanhando o filho Lorenzo nas provas da N. A condição muda drasticamente agora, com pai e filho juntos na pista. E como adversários. O novo grau de convivência já nasce cercado de rivalidade: o pai, piloto desde o início da década de 80, já avisou que se estiver à frente do filho vai defender sua posição sem facilitar um milésimo de segundo. Edson vai além e, calçado nos resultados dos testes e do trabalho de preparação de seu VW Gol pela Speed Car, equipe chefiada pelo Cláudio Deitos, estipula como meta para 2016 conquistar o título metropolitano. Mesmo tendo um forte oponente dentro de sua própria casa.
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55 – Fernande VALANDRO/Guto BALDO (A)
Os dois iniciaram no automobilismo em 2007, no Metropolitano lá de Curitiba – logo, terão em 2016 sua décima temporada de envolvimento com as corridas. Valandro está na Stumpf Preparações desde 2009, com participações aleatórias e o terceiro lugar no Paranaense de 2011, com a mesma pontuação do vice-campeão. Mas só no ano passado é que disputou um campeonato inteiro, já no Metropolitano de Cascavel, também em dupla com Baldo. A parceria chegou ao sexto lugar na classificação final do campeonato e à quarta posição depois das quatro horas de suor na Cascavel de Ouro. Podem anotar, por minha conta, pelo menos uma vitória para a dupla curitibana em 2016.
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64 – Lorenzo MASSARO (B)
Estreou como piloto em 2015 com um Ford Escort, tal qual Caíto Carvalho. Na etapa seguinte já estava a bordo do VW Gol da Speed Car, carro que levou ao terceiro lugar na classificação final da categoria N. A evolução que mostrou na segunda metade da temporada credenciou-o a subir para o Marcas B – a primeira experiência com o carro de injeção eletrônica aconteceu na Cascavel de Ouro, em que um incêndio no cockpit encerrou sua participação quando estava em sexto lugar na corrida, com dois dos adversários à sua frente tendo punições a cumprir. A dupla com Cleves Formentão, experimentada em algumas etapas do Marcas N e na Cascavel de Ouro, pode ser reeditada.
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69 – Gilliard CHMIEL/Gelmar CHMIEL Júnior (B)
Frequentadores assíduos do autódromo de Cascavel, os irmãos de Quedas do Iguaçu voltaram para o lado de dentro da pista no fim da temporada passada, disputando a Cascavel de Ouro. O envolvimento foi intenso, sobretudo por conta do acidente que destruiu seu carro num treino a poucos dias da prova. O VW Gol número 69 da dupla estará a cargo da Stumpf Preparações e a maior probabilidade é de que os Chmiel reestreiem no Metropolitano só na segunda etapa do campeonato, no dia 3 de abril. Eles ainda não desistiram, contudo, de pôr o carro no grid já na abertura do campeonato, daqui a um mês.
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74 – Odair dos SANTOS (B)
Vai dar início à sua segunda temporada de atuação no automobilismo. A primeira, em 2015, foi bastante movimentada, com participações no próprio Metropolitano e também no Centro-Oeste de Marcas, em Goiânia, além do Mitsubishi Lancer Cup, das 500 Milhas de Londrina, da Copa Petrobras de Marcas e de um teste na Fórmula Truck, onde pretende competir em breve. No campeonato de Cascavel, abre a temporada com o VW Gol da Paraguay Racing para uma ou duas etapas – o número muda: sai o 7, entra o 74. Na seguinte, estará na pista com o Ford Ka que está em fase de montagem nas oficinas da Stumpf Preparações.
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77 – Cleyton CEZAROTTO (B)
Tal qual fiz com Zandoná, coloco-o na lista por minha conta e risco. Cleyton ainda não confirmou que vá tomar parte do campeonato. Seu Ford Fiesta, que herdou o número 77 do carro anterior (disputou o último Metropolitano com um Renault Clio), está tinindo de novo. O carro, aliás, teve estreia de gala na Cascavel de Ouro, com um convincente oitavo lugar ao lado de Marcelo Campagnolo. Deverá confirmar nos próximos dias presença no grid pela mesma Ferrari Motorsport que defendeu na última temporada. Em termos de apostas, a manutenção de sua dupla com Campagnolo no campeonato de Cascavel é outra barbada.
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81 – Paulo BENTO (A)
O acidente violento no warm up para a penúltima etapa e o domingo de cão que teve na pista na etapa final não ofuscaram a campanha positiva que cumpriu em 2015, seu segundo ano na competição, quando foi campeão metropolitano da classe B acompanhando, em várias oportunidades, o primeiro pelotão geral. Esse ritmo e o entrosamento que conquistou em pouco tempo com a Ferrari Motorsport são seus trunfos para estabelecer a meta de um feito inédito no campeonato: conquistar o título da categoria principal no ano seguinte ao da vitória na classe de acesso. O carro de Paulo Vítor Barreiros Bento continua sendo o Ford Fiesta.
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88 – “Tico” ROMANINI (A)
Fez no ano passado seu primeiro campeonato completo com o Renault Clio. Os contratempos da fase de desenvolvimento, tão naturais quanto decepcionantes, acabaram impedindo-o de uma condição mais favorável na decisão do título. Marco Michelon Romanini foi o único piloto a vencer duas etapas – justamente as duas últimas – e terminou o ano em terceiro lugar. Deve conciliar a competição com participações em provas nas pistas de Interlagos e Goiânia. A parceria que manteve na Cascavel de Ouro com Beto Monteiro, bicampeão da F-Truck, pode ser reeditada nas corridas em Cascavel. Tico segue na Stumpf Preparações, que é sua equipe desde o início da carreira.
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172 – Júnior NIJU (B)
É outro piloto catarinense no grid do Metropolitano de Cascavel, Sextílio Hans Júnior representa a cidade de Chapecó. Competiu por três temporadas em séries de autocross, participou de arrancadas com caminhões por seis anos e cumpriu, ainda, duas temporadas no Campeonato Metropolitano de Marcas de Santa Catarina. Sua equipe é a FF Racing, de São Bento do Sul, coordenada pelo renomado Arildo Frankenberger, de quem sempre ouço falar nos bastidores das competições nacionais que frequento. Tudo indica que Júnior Niju seja só o primeiro de um grupo talvez numeroso de catarinenses que aceleram nas pistas de terra e que vão marcar presença no campeonato de asfalto de Cascavel. Os próximos dias serão movimentados nesse sentido. (Primeiro “adendo” ao post original, publicado às 12h03 do dia 28 de janeiro)
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370 – Luiz Fernando PIELAK (A)
Depois de uma temporada de resultados abaixo da média com um carro que necessitava de mais desenvolvimento, em 2015, chegou a sinalizar com a possibilidade de interromper sua atuação nas pistas. Mas os ânimos se acalmaram e uma conversa com o Edson e o Jackson na salinha da Ferrari Motorsport foi suficiente para a decisão de seguirem juntos no trabalho com o Renault Clio. Xuxo, já que ninguém o chama de Luiz Fernando, completa o time dos cascavelenses que já conquistaram o título do Festival Brasileiro. O dele veio em 2012 e foi o primeiro dos três que a equipe conquistou em sequência no torneio.