CASCAVEL – Não estive no autódromo de Cascavel no fim de semana. Houve por lá mais uma etapa do Metropolitano de Marcas & Pilotos, um programa sempre convidativo a quem tem qualquer tipo de ligação com ou apreço pelo automobilismo. Ocorre que seria, foi, meu último fim de semana sem autódromos antes do Natal, o que justifica com sobras minha incólume ausência.
Da corrida, sei que o Daniel Kaefer largou em último e venceu, e é líder do campeonato, foi o que noticiou ontem o “Paraná TV” da RPC. Tenho acompanhado o “Paraná TV” nos últimos dias como penitência voluntária, com o mero intuito de me sentir ainda mais revoltado com a agenda de compromissos dos candidatos a prefeito daqui, já que o do PT anuncia diariamente os comícios que vai fazer pelos bairros da cidade. Será que liberaram a realização de comícios e ninguém me avisou?
Mas era sobre o autódromo que eu divagava, e não sobre petistas. Sem saber muito da etapa do Metropolitano, procurei um dos jornais do dia tão logo cheguei cá à agência, atrasado como sempre. Encontrei a “Gazeta do Paraná” sobre a mesa do meu sócio, passei a mão no caderno de esportes. O chapéu “Violência” abrindo a página dedicada ao evento já denotava que alguma merda tinha acontecido.
Sem ter testemunhado nada e sem ter disparado um telefonema sequer atrás de mais informações, fio-me piamente no relato do colega Diego Krüger, reproduzido aqui. Fio-me em suas declarações, sobretudo, por testemunhar há anos a exagerada dedicação do Diego ao ofício que exerce, a seriedade e o tempero de responsável inovação que ele sempre aplica a seus textos e suas coberturas. O jornalismo de Cascavel, e de fora daqui, também, tem o dever de se solidarizar ao Diego diante do que aconteceu.
Lendo as amargas linhas publicadas pelo Diego, percebo que corro o sério risco de pagar a língua – as pessoas sempre pagam a língua – por ter dito em determinada ocasião que o Rio de Janeiro não merece ter um autódromo, afirmação que me valeu uma memorável reprimenda do mestre Lito Cavalcanti. Reconsiderei, em parte, o que disse àquela mesa. Que nunca ninguém diga isso sobre Cascavel, é minha torcida, talvez meu temor.
O relato dele está aí abaixo, basta clicar sobre a foto que ela amplia. Diego usa de seu já habitual texto em primeira pessoa e dá-se o direito de se despir de algumas regras para ilustrar o episódio a seus leitores com a maior riqueza de detalhes possível.
E quem esteve no autódromo no domingo e viu ou participou do lamentável episódio que faça uso desse espaço aqui para avalizar ou contestar o relato do Diego Krüger. Os que preferirem usar xingamentos tenham, por favor, a decência de assinar suas considerações. O “Anônimo”, figura contumaz por aqui, não terá vez.