CASCAVEL – Em dezembro último informei aqui no blog que, a partir de 2019, as tradicionalíssimas 12 Horas de Tarumã teriam seu grid formado por carros configurados ao regulamento do Campeonato Gaúcho de Marcas, todos com motor GM 1.4, independente de modelo e marca da carroceria. Aquele post foi rechaçado por automobilistas gaúchos – dentre outros motivos pelo fato da solução encontrada para o resgate da corrida, uma das mais tradicionais do automobilismo do Sul do Brasil, não ter aceitação unânime.
Bem, não foi uma “barrigada”, gíria do jornalismo que define uma notícia falsa. O anúncio formal foi feito pelo Automóvel Clube do Rio Grande do Sul durante o briefing das categorias que compuseram na própria pista de Tarumã, ontem e hoje, a segunda etapa do Campeonato Gaúcho de Automobilismo. O Marcas 1.4 será, sim, categoria única no grid das 12 Horas na edição deste ano, confirmada para 16 de dezembro, também com largada à meia-noite do sábado. Os motivos da mudança estão expostos naquele post que rendeu narizes torcidos de dezembro – a quem quiser retomar o assunto, basta clicar no link ali de cima.
Cada carro poderá ter dois, três ou quatro pilotos. A taxa de inscrição – formato do qual eu discordo, diga-se – é por piloto, e não por carro: R$ 1.500,00 por participante. Segundo me disse o Fernando Seabra, do ACRGS, trabalha-se desde já com a possibilidade de o número de carros inscritos ser maior que o limite determinado para o grid, de 55 carros. Assim, uma das providências administrativas já tomadas assegura que os carros das 30 primeiras inscrições tenham vaga garantida no grid, independentemente de eventuais procedimentos pré-classificatórios. Tenho falado bastante com o Seabra a respeito disso, não é de hoje.
Haverá prêmio em dinheiro para os cinco primeiros colocados nas 12 Horas de Tarumã. Detalhes acerca deste anúncio ficam para para daqui a algumas semanas. Há uma faixa de premiação já planejada, mas a possibilidade de um parceiro da organização aumentar esse valor leva essa definição para um segundo momento.
Outro chamariz que o ACRGS adotou, e que o Seabra me ligou depois do post publicado para contar (incluí a posteriori, pois): qualquer grupo de fora do Rio Grande do Sul que lotar uma carreta-cegonha com carros para o grid das 12 Horas terá o custo desse frete bancado pela organização do evento. Frise-se que uma cegonha lotada comporta 11 carros.
A adoção dos motores 1.4 foi uma solução adotada anos atrás no automobilismo gaúcho com vistas à redução de custos. Parece ter dado certo, já que foi adotada também no Campeonato Mineiro e na Copa Centro-Oeste. Houve um movimento nessa linha em 2017 no automobilismo paulista, mas a coisa não andou, já que a cisão que envolveu pilotos e equipes com o surgimento da Liga Desportiva de Automobilismo levaram tanto a própria LDA quanto a Fasp, federação filiada à CBA, a priorizar a busca por pilotos da categoria já existente, de motores 1.6, para seus grids.
Os organizadores das 12 Horas preparam-se para atender equipes cujos carros seguem os regulamentos de campeonatos como os do Paraná, de São Paulo ou da Copa Centro-Oeste, que mantêm os motores 1.6 (há os dois campeonatos na versão baseada em Goiânia). Kits com amortecedores, motores e injeção eletrônica serão disponibilizados para locação e preços bem baixos – evito os anúncios aqui e deixo a consulta para que os interessados a façam junto aos organizadores da corrida.
Posso antecipar, também, que o primeiro carro inscrito nas 12 Horas terá o número 66.