As novas 12 Horas

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Os carros de Tiago Takagi (54) e Thiago Messias (111) puxam a fila em uma das etapas do Campeonato Gaúcho de Marcas em Tarumã. Categoria vai monopolizar o grid das 12 Horas em 2019.

CASCAVEL – Foram 17 os carros no grid das 12 Horas de Tarumã, na primeira metade do último domingo. Seriam 18, se mais coisas tivessem dado certo no meu âmbito, e seriam bem mais, se mais coisas tivessem acontecido no âmbito de mais automobilistas.

Mas foram 17, um número que o tradicionalismo gaúcho – e aqui me refiro especificamente às coisas do mundinho das corridas – considerou pequeno. Era preciso fazer algo para mudar, e a gauchada fez. Providências imediatas.

Em 2019, as 12 Horas de Tarumã terão apenas carros da categoria Marcas, configurados pelo regulamento do Campeonato Gaúcho. Que, os mais atentos já terão atinado, padroniza os motores GM 1.4 para todos os modelos, sejam carros da GM, da Ford, da Fiat, da VW, da Renault. A galera goiana da Copa JR e as equipes do Campeonato Mineiro estão atentas à novidade.

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Essa é a nova cara das 12 Horas de Tarumã, prova que se aproxima da marca cinquentenária. Com categoria única, expectativa é de vários carros ainda disputando a vitória perto do meio-dia.

Não dá para ignorar um quezinho de Cascavel de Ouro na radical mudança a que as 12 Horas de Tarumã se submetem. O que é legal, dá uma pontinha de orgulho por termos consolidado esse formato pelas bandas de cá – no nosso caso, com os motores 1.6 de cada marca empurrando os carrinhos. Reunimos 70 desses na lista de inscrições da corrida de um mês atrás.

Os carros das demais categorias não ficam fora da nova festa, claro. Uma corrida preliminar com três horas de duração vai reunir protótipos e GTs de todas as classes. Torço para que seja a etapa final do ascendente Endurance Brasil. Tudo é possível.

Os amigos gaúchos têm um ano pela frente para fazer o novo formato das 12 Horas dar certo. E se tem uma coisa que gaúcho sabe fazer é automobilismo, e não churrasco, que esse ocorre com primor em Mato Grosso do Sul e no Paraná (sempre digo isso para provocar os gaúchos, e maioria deles ficam putos nas calças, como eles próprios dizem, mas claro que há um ou outro no Rio Grande amado que domina a arte do espeto). Já apostam, de cara, que o grid voltará a romper a casa dos 40 carros. Tomara que consigam. Numa dessa o poderoso #66 aparece na lista.

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Largada do Gaúcho de Marcas em Guaporé, com Ike Ramos (81) e Rafael Fleck (76) à frente. Gaúchos já apostam num grid com mais de 40 carros da categoria na próxima edição das 12 Horas.

5 pensamentos sobre “As novas 12 Horas

  1. Não há nada definido. Esse formato não funcionaria aqui. A Cascavel de Ouro é o que é mais pela sua organização exemplar do que por ser apenas Marcas. Aqui se começa a tratar de 12 Horas um mês antes da prova, de forma limitada. Se for pra mudar, talvez seja apenas Turismo (slick e radial), formato da Super Turismo, aí eu acredito.

    • Exato. O termo correto e que estamos trabalhando é “turismo de lata”. Ou seja, apenas carros de turismo de fábrica.

  2. Horrivel padronizar no motor GM 1.4 pra todo (Ja nao gostava disso no campeonato Gaúcho). Jamais faria isso nim carro meu sendo de outra marca. Que criassem categoria 1.4 e 1.6 pois quem tem um carro do brasileiro já não vai pra essa prova.

  3. Concordo com o Niltão. E sempre achei que a 12h deveria valer para algum campeonato, seja gaúcho ou brasileiro, ou ainda, ambos.

  4. As 12hs sempre teve vários tipos de carros de diversas categorias juntos, não acredito que esse formato iria dar certo por aqui.
    Não pode uma prova tão tradicional como as 12 Horas largar com tão poucos carros, ainda mais com a quantidade de público que sempre comparece em peso!
    Mas que alguma coisa tem que ser feita, ah tem.

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