CASCAVEL – Gosto muito do ambiente de corridas de Piracicaba, apesar de tê-lo frequentado poucas vezes. Três, para ser mais exato. A primeira foi nas Três Horas de 2017, uma prova de que participei a convite do Guilherme Reischl, e me diverti de novo agora relendo o relato que publiquei aqui no blog sobre o nosso segundo lugar. Ainda no ano passado estive lá participando de uma etapa da Copa ECPA de Automobilismo, de novo pela Phoenix Competições, equipe do Luisinho Piccolo e da Cris Lima. E, no último fim de semana, das 100 Milhas de Piracicaba, desta vez pela Jukamotors, do Juka e do Danilo Gandelim, e sobre essa deixo algumas linhas de registro lá ao fim desse post.
Bem, o fim de semana em Piracicaba foi, claro, de muito contato com vários pilotos e com a galera que faz a coisa acontecer por lá. Um dos assuntos de que me inteirei um pouco mais foi a criação da Copa Gol, torneio de Marcas 1.6 que vai acompanhar a programação das três últimas etapas da Copa ECPA – a sigla, para quem não sabe, denota Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo. A organização formal é do próprio ECPA, via Dani Gianetti e companhia, com a devida supervisão da Fasp. O Juka Gandelim tem feito um bom meio-de-campo com os pilotos que têm o modelo da VW na garagem ou na oficina. O processo de renovação da frota da categoria, fomentado sobretudo pela implantação da Classe 1 na Turismo Nacional, traz como tendência natural a disponibilização de mais exemplares do modelo “bolinha” para os campeonatos regionais de velocidade no asfalto e na terra, uma herança que também deve dar um impulso à iniciativa.
A lista dos pilotos que confirmam participação na Copa Gol chega hoje a 22 carros. Como ninguém pediu sigilo, dou os nomes. Carlos Zílio, Wilson Zambelo, Alexandre Barbosa, Luís Augusto, Diogo Lapena, Edson Paes/Bruno Paes, Cláudio Soares/Clayton Silva, Rodolfo Soares/Rogério Luciano, Rodrigo Tavares, Giovani Almeida, Gustavo Favoretto, Claudemir Grausbert, Luís Coelho, Rafael Amaral, Sandro Freitas/Valdir Silva, João Moraes, Fernando Marc/Carlos Will, Paulo Zamana/André Zamana, Carlos Lázaro, Valter Dadario/Gustavo Dadario, Richard Ghussn/Camilo Ruiz e mais o Eduardo, da Duromed. É de se imaginar, dentro das normalidades de situações assim, que até a primeira etapa alguns desses nomes saiam da lista por motivos próprios, e também que outros sejam incluídos.
A Copa Gol vai ter três etapas nessa primeira edição, todas obviamente no ECPA. A primeira no dia 22 de setembro, as outras duas nos dias 21 de outubro e 8 de dezembro. As inscrições para quem já está garantindo participação têm taxa de R$ 500 por carro – muito, muito barato para os padrões do automobilismo de ora. O carrinho com que participei das 100 Milhas no último sábado pode acabar aparecendo nessa lista, também, vamos ver.
Ah, informação que acrescento depois da postagem original: o próprio Juka Gandelim pode ser o contato para informações sobre regulamento e coisas do gênero – o regulamento técnico, aliás, é o do Paulista de Marcas & Pilotos. Ele atende 24 horas por dia, sete dias por semana, no número (19) 9 9895-8814. Ele só não vai ouvir o telefone tocar se estiver no show do Zezé di Camargo.
Por falar da minha ida às 100 Milhas, nada de muito revolucionário. Tinha só duas metas para o fim de semana: alcançar um determinado tempo de volta, que não foi cumprida, e concluir a prova inteira sem revezar o carro, o que consegui a duras penas. Depois de 1h45min de corrida, saí do carro extenuado. A galera do ECPA percebeu que não estava tão bem e me conferiu tratamento vip, a ponto de eu ter voltado logo ao movimento todo sob o risco de cair na tentação de fazer um pouco de manha para continuar recebendo mimos e ficar no ar-condicionado do carro de serviço que estava posicionado na reta dos boxes. Eram 78 voltas de corrida, eu havia estipulado com o Juka que faria minhas duas paradas obrigatórias nas voltas 40 e 66 (essas paradas não são permitidas nas 10 últimas voltas). Tive que parar na 21ª volta, por conta da quebra do coxim do câmbio, chegar aos boxes depois do problema foi um milagre. Saí do carro, tirei o capacete e já estava conformado com o abandono, quando o Everton e o Yan, mecânicos da equipe, me mandaram entrar no carro de novo porque o problema estava sanado. Perdemos poucas voltas além do tempo mínimo da parada, voltei à pista, parei de novo na volta 64 e fui ao pódio em terceiro lugar na minha categoria, a Turismo A. Foi tão divertido quanto cansativo.