Formulinhas

Interessante o material que vi agora, no e-mail, mandado pelo Rafael Durante.

A iniciativa é de Paulo e Binho Carcasci, irmãos de passado rico na pista que hoje, dentre vários outros afazeres, organizam e promovem a Seletiva Petrobras de Kart. Eles anunciam para dia 12, lá na pista de kart da Granja Viana, a apresentação de uma nova categoria de monopostos.

Fórmula +, é seu nome. Imagino que a pronúncia seja “Fórmula Mais”. O discurso que cerca o trabalho é conhecido – proposta inédita para formação de jovens pilotos, fomento ao esporte de base, aquela toda coisa. Os monopostos são fabricados na Itália e vão proporcionar uma relação peso-potência superior à do Shifter Kart, é o que informa o comunicado do Durante.

A apresentação do dia 12 será aberta a chefes de equipes e jornalistas interessados. Nunca sou interessado, mas estarei vagando por São Paulo nesta data e é bem possível que dê um pulo até à Granja para ver a coisa de perto. Não conheço os Carcasci – na verdade, para bem me fazer entender, eles não me conhecem –, mas a assinatura deles suscita algum respeito à iniciativa da Fórmula +.

Nelson e o Vasco

Ano passado, quando o Emerson deu umas voltas com o Lotus do título mundial de 1972, pedi que um colega cedesse uma foto para ilustrar um comentário bobo. Para um blog, nada mais artificial. Por isso, mandei a qualidade visual às favas e compartilho aqui a visão que tive de Piquet andando com a Brabham do título de 1981, hoje cedo – ontem, no caso, já que passou da meia-noite – em Interlagos.

Fiz um videozinho, também, com o novo celular, acabei de vê-lo. Igualmente, fica devendo em qualidade, esbanja em importância, um momento simples que traduziu uma rica história, e o que mais Nelson acumulou na vida foi isso, um monte de boas histórias para contar.

Sabedor que era das limitações da lente fotográfica do celular – sobretudo por clicar no ícone que bate a foto enquanto tinha os olhos na pista -, pensei no vídeo, algo menos pobre para compartilhar com minha audiência. Mas o formato em que meu modesto aparelho faz tais registros é incompatível para as ferramentas do YouTube, ou mesmo do Blogger. Quando resolver isso, coloco aqui, nesse post, mesmo.

Luiz Alberto Pandini, parceiro dos bons e piquetista incondicional, discordou da minha definição para o que vimos. Aquele carro, a Brabham BT49, é de uma feiura linda.

Mania besta, a minha, de sempre querer filosofar à moda da casa.

Piquet, todos sabem, fechou sua sequência de voltas a bordo da Brabham empunhando a bandeira do Vasco, que sempre foi seu time do coração. Vasco que sobreviveu na luta pelo título do futebol brasileiro, o Fluminense entregou o jogo, aquela patuscada toda que todo mundo sabe bem como funciona.

Ayrton era corintiano. Logo, era melhor que Nelson. Mas foi ele, Nelson, quem mereceu um sincero aplauso meu algumas horas atrás.

ATUALIZANDO EM 28 DE NOVEMBRO DE 2011, ÀS 11h21:
Enquanto eu não me resolvo com minhas traquitanas, compartilho aqui o vídeo que o Maurício Stycer publicou no blog dele, da cobertura da Globo sobre a homenagem da F-1 a Piquet. Ou teria sido uma homenagem de Piquetà F-1? Fico com a segunda opção.

Nossas modas

Aí estamos, Luc & Juli, no último acústico que fizemos. Foi semana passada, ou retrasada, já que escrevo no domingo. “Noite dos Famosos”, lá no Pantanero Bar. A Cacau, aquela do BigBrother, estava lá, era a diva da noite. E bem na semana que lançaram a Playboy com a ótima sessão de fotos dela, havia exemplares autografados por toda parte, e tal.

Adriano Aragão, Christian Rockenbach e Robson Ferreira foram os músicos que nos acompanharam naquela noite, que nos premiou, a nós no palco e a todos que lotaram o Pantanero, com uma das melhores apresentações da nossa curta carreira musical. A melhor, eu arriscaria, acho que a Juli concorda. Quero tocar muitas vezes com essa rapaziada, ainda, e em muitos lugares diferentes.

E a Cacau, já comentei isso lá no Twitter, é um doce de pessoa.

A promoção do fim de semana

Aos 48 do segundo tempo, consegui salvar aqui dois kits desses do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil, cada um com camiseta e boné confeccionados para a etapa de hoje, que abriu aqui em Interlagos a programação do 40º GP do Brasil de Fórmula 1.

Vamos usar a prova da F-1, aliás, para definir quem leva os brindes. Os participantes têm, primeiramente, de seguir meu perfil no Twitter. Segundo, postar lá, no Twitter, um palpite sobre o resultado do GP. Chutem o vencedor, o segundo e o terceiro colocado e a posição final que Rubens Barrichello terá na corrida.

Cada acerto vale pontuação diferente. Cinco pontos para o vencedor do GP, dez para o segundo, quinze para o terceiro e vinte para o resultado de Rubens. Vou somar os pontos e, zás, os prêmios vão para os dois que obtiverem as maiores pontuações. Se houver empate que exija um segundo passo, resolvemos depois.

Os palpites devem ser postados acompanhados da hashtag, conforme o exemplo que segue:

Tem #PromoBLuc da F-1 no blog do @lucmonteiro. 1º) Di Resta; 2º) D’Ambrosio; 3º) Buemi; 30º) Barrichello.

Fácil demais, é que não há tempo hábil para algo mais bem bolado. Os brindes só caíram no meu colo agora.

Só vão valer os palpites que chegarem até as 14h30 de Brasília. Corram tuitar, portanto.

ATUALIZANDO EM 27 DE NOVEMBRO DE 2011, ÀS 15h46:
Dos 14 participantes, apenas dois marcaram pontos. O campeão foi @RodDuartee, que fez 35 pontos – acertou o 14º lugar de Barrichello, a vitória de Webber e o segundo lugar de Vettel. @FabinhoMoura, o segundo colocado, fez 20 pontos. Só acertou a posição final de Rubens. Os ruins de palpite que também brincaram são @f_vasconcelos, @edisonlsm, @greco22, @WLuizCarvalho, @JLAprigliano, @FabinhoMoura, @diogoaprigliano, @leochabu, @dealissima, @MauriGracioli, @denidoamaral, @Emanuelaraujo e @cmtesergio.

Mundo sobre rodas

O legal de estar na Fórmula 1 como integrante do estafe do Porsche GT3 Cup é apreciar bem de perto os dezenas de exemplares da marca que ficam expostos aqui do lado de fora, em frente ao lounge.

O mais belo de todos acabou de ser estacionado aqui. Uma réplica feita em 1981 do modelo 356, o de 1963. A série “Super 90” delatava os 90 hp de potência do carrinho. Esse aqui, me contou o proprietário, tem um motor “um pouquinho mais esperto”, de 1.900cc.

Pode haver coisa mais linda que um exemplar desses?

Truck: Giaffone vê decisão sem brilho

Consiga ou não Geraldo Piquet participar da corrida de 4 de dezembro em Brasília, a decisão do título da Fórmula Truck já perdeu seu brilho. É o que diz Felipe Giaffone, três vezes campeão da categoria – faturou o Brasileiro em 2007 e 2009 e o Sul-Americano em 2010. Ele é líder, também, do Campeonato Brasileiro, que terá seu campeão definido na corrida da semana que vem na capital federal.

Julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Geraldo foi suspenso por duas corridas, considerado culpado pelo acidente com Felipe na corrida de três semanas atrás em Curitiba. A Comissão Disciplinar, primeira instância de qualquer imbróglio no automobilismo, havia determinado punição máxima ao brasiliense – suspensão por 12 meses e multa em dinheiro de 100 mil cascalhos brasileiros. Já anunciou que vai recorrer, conforme contei aqui ontem.

Felipe passa seu fim de semana a poucas centenas de metros daqui, atuando na comissão de prova do GP do Brasil de F-1. Mas foi por telefone que falei com ele, ao fim da tarde. Já tinha saído do autódromo, estava preso no trânsito engarrafado de São Paulo, outra pessoa estava ao volante, segundo me contou. Sobre o episódio com Piquet, foi enfático: “O cara conseguiu tirar o brilho da decisão do campeonato”, foi sua frase de efeito.

O líder da temporada pareceu não saber, até então, do julgamento de quarta-feira pelo STJD da CBA. “Não sei se ele corre, ou não corre. Só sei que, com o acidente, meu prejuízo foi grande. Eu era o terceiro na corrida e poderia estar indo para Brasília com 16 ou 17 pontos de vantagem e tendo o Geraldo como único adversário pelo título. Depois do que aconteceu, tem mais dois”, observou. Valmir Benavides e Wellington Cirino também mantêm chances de conquista da taça, conforme a conta que o DataLuc fez na semana passada.

Para Felipe Giaffone, a possível ausência de Geraldo Piquet na pista na corrida em Brasília não seria justa. “Ele fez um campeonato muito bom, mesmo sem ganhar tantas corridas foi quem melhor tirou proveito de um número maior de corridas. Estragou tudo em Curitiba, mas fez um campeonato fantástico. Ele ficar fora não seria justo nem com ele e nem com o evento, que perde o brilho da decisão”, ponderou. Ao mesmo tempo, vê que sua participação na corrida não seria justa. “Na discussão que tivemos depois do acidente ele me falou que era só falar pros comissários que ficou sem freios. Falei ‘ah, é?, legal’, e pedi uma vistoria nos freios do caminhão dele, não havia problema nenhum. Diante disso, não seria correto voltarem atrás de deixarem ele participar da corrida”, seguiu.


A opinião de Felipe é de que Geraldo errou triplamente em Curitiba. “Primeiro, por ter vindo me falar que tinha sido de propósito, mesmo, isso ele me falou logo depois do acidente. Depois, por ter causado a batida, do jeito que aquilo aconteceu qualquer um de nós dois poderia ter se machucado bastante. E, terceiro, por ter estragado a decisão do título”. E a relação entre os colegas de pista, teria se convertido em inimizade? “Olha, eu nunca tive uma relação tão próxima com ele, mas também nunca tinha enfrentado qualquer tipo de problema. Isso não é algo que me preocupe, na verdade”, respondeu o líder da temporada.

E se a decisão de permitir ou não a participação de Piquet coubesse a Giaffone? “Honestamente, não sei. Como não sou eu quem decide, vou me preocupar com o trabalho do meu caminhão, que praticamente teve de ser reconstruído. Troca da cabine, reparo nas duas longarinas do chassi, toda a suspensão dianteira que saiu danificada… O pessoal da equipe está trabalhando praticamente dia e noite, não vai dar tempo para nenhum teste antes de Brasília. Vai ser um fim de semana muito, muito puxado”, anteviu.

Emerson não foi barrado

Aí que, tipo assim, pode ter havido injustiça no que Emerson Fittipaldi escreveu ontem no Twitter. Ou, principalmente, no que se interpretou de seu post.

Primeiro, e talvez principal da questão, Emerson não foi barrado no autódromo. E nem disse que foi. A lamúria que ele registrou foi sobre não ter sido autorizado a falar com Bernie Ecclestone e Tamas Rohonyi. Estava aqui dentro, pois.

Aí abaixo está um comunicado enviado pela imprensa oficial do evento à assessoria do ex-piloto.

Eu mesmo li na timeline tuítica que Emerson havia sido barrado. Associei isso ao post dele e embarquei na onda. Não acho ético remover o que publiquei ontem, e que centenas de leitores viram. Mas fica claro que, neste episódio específico, a organização do evento não pisou na bola. Roseli também não.