Bandeira verde para a TN

IMG-20200819-WA0062

O grid em Goiânia teve mais de 40 carros da Classe 1 no ano passado. Com a mudança de formato, serão 36 em um grid e 34 no outro para a dúzia de corridas de sábado e domingo.

GOIÂNIA – Começa neste fim de semana, cá na sempre acalorada Goiânia, a quarta temporada da Turismo Nacional. Que vem a ser, em termos práticos, o campeonato brasileiro de marcas & pilotos, e neste caso uso as minúsculas por não haver registro desse nome. O fato de ter sido a última das categorias nacionais a retomar atividades no pós-pandemia não tira o brilho do evento. Pelo contrário, desperta uma expectativa ainda mais forte em cada um dos 91 pilotos inscritos nas corridas de sábado e domingo. Serão 12, no total – metade para a Super, metade para a Classe 1A e a Classe 1B.

Houve algumas mudanças na estrutura do campeonato do ano passado para cá. Em 2019 havia o grid da Classe 1, com os modelos que compõem o mercado automotivo atual e subdivisão em categorias Super, A e B, e o grid da Classe 2, com os carros produzidos de 1997 a 2017. Esses saem de cena, apesar de haver regulamento para eles na própria Turismo Nacional – o que não houve foi grid mínimo, realidade que se verificou ainda antes do mundo parar por causa de um vírus. Os Classe 2 seguem escalados para os campeonatos regionais e terão seu grid próprio, também, na programação da Cascavel de Ouro, dia 1° de novembro. No caso desses carros – Gol da segunda geração, Corsa, Celta, Fiesta, Palio, Clio, 207 e por aí vai -, no evento de novembro, a corrida em disputa será a Cascavel de Prata, com prêmio em dinheiro de 50 mil reais para os vencedores.

Voltando à TN, que é o que interessa por hoje. A classe Super, considerada a principal do campeonato, reúne 36 carros. São modelos Argo, Uno, Cronos e Mobi, da Fiat, New Ka, da Ford, Gol e Up, da Volks, Onix, da Chevrolet, Kwid e Sandero, da Renault, Yaris e Etios, da Toyota, March, da Nissan, C3, da Citröen, e 208, da Peugeot, com pilotos de Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

As classes de graduação 1A e 1B terão seus pilotos compondo um único grid, com outros 34 carros. Ali vamos ver Gol, Up, Kwid, New Ka, Mobi, Uno C3, 208 e Onix pilotados por representantes gaúchos, catarinenses, paranaenses, paulistas, cariocas, mineiros, goianos, pernambucanos (tem também o Machado, que costuma se apresentar “paraibucano”) e cearenses.

Tudo vai ter transmissão ao vivo no canal de YouTube da Turismo Nacional. Já que estou em Goiânia e não consegui um carrinho para participar pela 1B, vou narrar as corridas. A título de curiosidade, já que o que vale é o início do bate-papo, já deixo aqui os horários das largadas. As da classe Super vão começar às 14h20, 16h e 17h40 do sábado, e depois às 9h20, 11h e 12h55 do domingo. O grid misto da 1A e da 1B também divide suas corridas entre os dois dias, com as largadas do sábado marcadas para 13h25, 15h10 e 16h50 e as do domingo acontecendo às 8h25, 10h10 e 11h05. Cada corrida dura 20 minutos com mais uma volta e abaixo da foto a seguir trago a lista dos pilotos que vão abrir em Goiânia a disputa pelo título brasileiro – por falar em fotos, todas as que ilustram o post são da lavra do zoístico Vanderley Soares, que no Instagram despacha como @vanderleyportfolio.

IMG-20200819-WA0063

Pilotos e equipes da Turismo Nacional voltam a medir forças a partir deste fim de semana na disputa pelos títulos brasileiros das classes Super, 1A e 1B. Os dois grids somam 70 carros.

Turismo Nacional – Super

4 – Gabriel Corrêa/Edson Bueno (GO/PR), Fiat Argo/Classe A-Ferrari Motorsport

6 – Duda Bana/Pierre Sabbagh (PR/SC), VW Gol/Stumpf Preparações

7 – Renato Constantino/Felipe Kaki Andrade (DF/DF), Fiat Cronos/Kaki Racing Team

8 – Analino Sirtuli/Dudu Fuentes (RS/RS), GM Onix/ChokaCar Racing

9 – Rafael Barranco (PR), VW Gol/Stumpf Preparações

12 – Eduardo Pavelski (PR), Renault Kwid/Sérgio Ferrari Racing Team

17 – Juninho Berlanda (SC), Fiab Mobi/Pein Competições

25 – Marcelo Perillo (GO), GM Onix/Petropolis Competições

26 – Wellington Justino (GO), Peugeot 208/Justino Motorsports

31 – Thiago Azalini (DF), GM Onix/Azalini Racing

33 – Pablo Alves (GO), Fiat Argo/Landerson Competições

44 – Luiz Carlos Ribeiro (RS), Toyota Etios/OuroCar

46 – Edson do Valle/Mathias de Valle (GO/GO), Nissan March/Classe A-Ferrari Motorsport

51 – Fausto de Lucca (SC), VW Gol/MIG Motorsports

53 – Wilton Pena (MG), VW Gol/PaceCar Motorsport

54 – Rafael Lopes (SP), GM Onix/GT1 Motorsport-MP Competições

56 – Peter Ferter (MS), Toyota Etios/OuroCar

63 – Gustavo Magnabosco (SC), VW Gol/Sérgio Ferrari Racing Team

66 – Luís Filgueiras/Rodrigo Moreno (MG/SP), VW Gol/AGB Preparações

72 – Davi dal Pizzol/Gustavo dal Pizzol (SC/SC), VW Gol/Roger Preparações

74 – Francisco Paiva Júnior (RJ), Fiat Argo/JW Competições

77 – Wanderson Freitas (MG), VW Gol/Stumpf Preparações

87 – Gustavo Mascarenhas/Celso Neto (MG/MG), Fiat Uno/JW Motorsport

88 – Leandro Zandoná (PR), Renault Sandero/Sivel-Ferrari Motorsport

92 – Lamartine Pinotti/Luiz Cirino (SP/SP), Ford New Ka/Peres Competições

99 – César Bonilha (PR), VW Up/Cesinha Competições-Hora Racing

106 – Fernando Júnior/Roger Sandoval (RS/RS), VW Gol/Auto Racing

107 – Gustavo Ribeiro (DF), GM Onix/Katraca Racing Team

111 – Marcos Paioli (SP), VW Up/Paioli Racing

117 – Eduardo Berlanda (SC), Toyota Yaris/MIG Motorsport

133 – Paulo Bento/Júnior Caús (PR/PR), Ford New Ka/Ferrari Motorsport-Sorbara Motosport

187 – Jorge Martelli (MT), GM Onix/GT1 Motorsport-MP Competições

197 – Luiz Sena Júnior/Adriano Rabelo (RS/CE), VW Gol/Auto Racing

199 – Marcelo di Tripa (GO), Fiat Argo/Lucas Car Motorsport

357 – Gustavo Veronez (GO), Citröen C3/Veronez

461 – Thiago Tambasco/Fabiano Cardoso (MG/RS), GM Onix/Fast Racing

Turismo Nacional – Classe 1A

1 – Guto Baldo (PR), Renault Kwid/Sivel-Ferrari Motorsport

10 – Edson Campana (PR), VW Gol/Diprima

14 – Claitão Salcedo (RS), Ford New Ka/Xtreme

16 – Richard Heidrich (SC), Fiat Mobi/Pein Competições

21 – Peter Michael Gottschalk (SP), VW Up/Paioli Racing

23 – Marcelo Beux (PR), GM Onix/Caús Motorsport

28 – Rafael Corrêa/Rafael Varga (GO/GO), Peugeot 208/Justino Motorsports

29 – Fernando Gelo (DF), Fiat Mobi/Landerson Competições

30 – Algacir Sermann (PR), VW Gol/Sermann Racing Sport

41 – João Lemos (POR), GM Onix/Pimba Competições

43 – William Perillo (GO), GM Onix/Petrópolis Competições

52 – Vitor Perillo (GO), GM Onix/Petrópolis Competições

66 – Enrico Bucci (PR), VW Up/Cesinha Competições-Hora Racing

76 – Alexander Cé/Guto Rotta (SC/RS), GM Onix/Yázigi Racing

81 – Marcelo Costa (RJ), Fiat Mobi/Tuta Racing

82 – Júnior Niju/Guilherme Sirtoli (SC/PR), VW Gol/Niju Racing-Porthhack

83 – Flávio Costa/Mauro Neuenschwander (MG/MG), Fiat Mobi/JW Motorsport

90 – Beto Pontes (CE), Fiat Mobi/Landerson Competições

99 – Geovane Mega (GO), Citröen C3/Classe A-Ferrari Motorsport

113 – Kadu Silva/Gilmar Gobetti (PR/PR), VW Up/Cesinha Competições

115 – Carlos Machado (PB), GM Onix/Tuta Racing

116 – Alexandre Bastos (SC), Ford New Ka/Enzo Powersport

132 – Naor Petry/Gefferson de Lima (SC/PR), VW Gol/RB Motorsport

555 – Renato Braga (GO), Fiat Mobi/Landerson Competições

Turismo Nacional – Classe 1B

15 – Fabrício Fleury (GO), Peugeot 208/Justino Motorsports

20 – Fábio Tokunaga (PR), VW Gol/Sermann Racing Sport

38 – André Jacob (PR), VW Up/Cesinha Competições

39 – Luiz Fernando Silva (GO), Fiat Mobi/Brandão Motorsport

42 – Dorivaldo Júnior/Rogério Cruzeiro (PE/GO), Ford New Ka/Classe A-Ferrari Motorsport

74 – Ricardo Raimundo (GO), Fiat Uno/Brandão Motorsport

121 – Josias Esmerio/Guilherme Plaza (SC/SP), VW Up/AGB Preparações

207 – Ivan Salgado (RS), Ford New Ka/Cezarotto Motorsport

360 – Sidney Campos (DF), Fiat Mobi/Luiz Henrique

762 – Guilherme de Paula (RJ), Fiat Mobi/ELLG Racing

IMG-20200819-WA0057

Volks, Ford, GM, Fiat, Toyota, Renault, Peugeot, Citröen e Nissan terão seus modelos da linha 1.6 em ação em Goiânia na primeira etapa da temporada de 2020 da Turismo Nacional.

O retorno de Jaime Melo?

Screenshot_20200607-112836_Photos

Aos 40 anos e com um currículo tão vasto quanto premiado, Jaime Melo assegura ter plenas condições de manter o sucesso profissional no automobilismo.

CASCAVEL – Jaime Melo foi, em termos absolutos, o maior produto tipo exportação do automobilismo de Cascavel. Depois de fazer a fila amontoando títulos no kart, ganhou dois vices no Sul-Americano de Fórmula 3 quando a categoria estava no auge – depois de já ter levado o título da Classe B -, correu na Fórmula 3000 Internacional, foi campeão da Fórmula 3000 Italiana (integrou a série de quatro títulos de pilotos brasileiros, que teve também Ricardo Sperafico, Felipe Massa e Augusto Farfus) e competiu na Super Renault V6 européia. Isso na fase de monopostos, que durou até 2003. Em 2004 redirecionou a carreira às corridas de granturismo, sempre com carros da Ferrari. Foi campeão mundial de FIA GT em 2006, da American Le Mans Series em 2007, ganhou duas vezes as 24 Horas de Le Mans e duas vezes as 12 Horas de Sebring – na edição 2007, protagonizou uma chegada histórica em que revezou a liderança na última volta com o Porsche do alemão Jörg Bergmeister. Corria na Europa e nos EUA ao mesmo tempo, por equipes diferentes, na mesma época em que era responsável pelos testes de desenvolvimento dos carros italianos. Era contratado da própria Ferrari para isso. A essa altura, já nem lembrava mais que havia sentado num Fórmula 1 da Williams no início da década.

Imperdoável por todas as circunstâncias, pois, que o sujeito que levou o nome de Cascavel para o mundo todo tenha ficado praticamente 17 anos sem pilotar no autódromo de sua cidade. Mas ficou, desde o segundo lugar que conquistou na Cascavel de Ouro de 2003, quando correu em dupla com o argentino Lauri Vianna num Ford Escort da Stumpf Preparações. O hiato foi quebrado ontem, quando fez um treino no Autódromo Internacional Zilmar Beux com o Fiat Mobi de Leônidas Fagundes Júnior e Guilherme Sirtoli. Foram poucas voltas, perto de 20, as primeiras de Jaime num traçado que não conhecia, alargado em três ou quatro metros na remodelação de 2012. Tração dianteira e câmbio manual com engate mecânico, da mesma forma, formam uma combinação com a qual o piloto não lidava desde aquela Cascavel de Ouro. “Foi um treino curto, para desenferrujar, mesmo, tem toda a questão do câmbio que requer adaptação para quem não está acostumado, como eu. Quero marcar mais alguns, inclusive. Ainda tenho bastante coisa a fazer no automobilismo”, ele me disse há pouco, pelo telefone.

Será que estamos tratando do retorno de Jaime Melo às corridas?

IMG-20200607-WA0028~2

Depois de 15 anos, Jaime voltou a pilotar no autódromo de Cascavel, em um treino com o Fiat Mogi com que Leônidas Fagundes e Guilherme Sirtoli vão disputar a Cascavel de Ouro. 

Mercedes-Benz Challenge, 10 temporadas!

CASCAVEL – Ontem cedo tive uma hora de bate-papo ao vivo no Instagram com o Roberto Santos, que além de amigo de longa data é o novo gestor do Mercedes-Benz Challenge. Não pude compartilhar a íntegra do material, como costuma -se fazer com as lives, por conta de um pico no sinal de internet, que derrubou a transmissão perto de seus 50 minutos, eliminando o registro. De qualquer forma, tento resumir por aqui, em tópicos, os principais pontos expostos pelo Roberto para a nova fase da categoria, que em 2020 terá a décima temporada de sua história.

Screenshot_20200606-113448_WhatsApp

Chegando em 2020 à sua décima temporada de disputas, o Mercedes-Benz Challenge passa a ter promoção da Fasp, com rodadas duplas nos autódromos de Interlagos, Curitiba, Goiânia e Velo Città

*** O campeonato passa a ter promoção da Federação de Automobilismo de São Paulo, com treinos e corridas integrando a programação das etapas do Paulista de Automobilismo – vem daí o cuidado do Roberto em se apresentar como “gestor” da categoria, e não como promotor. Haverá reserva de boxes, arquibancadas exclusivas e áreas de hospitalidade para a categoria nos autódromos que vão receber as etapas.

*** O WTT Group, empresa de Roberto Santos, detém os direitos sobre a marca Mercedes-Benz Challenge, sendo representante da própria fábrica nesse caso.

*** Continuam sendo duas as categorias no grid: a CLA 45 AMG Cup e a C300 Cup, as duas incluindo também a subdivisão Máster, que considera apenas a classificação dos pilotos com 48 anos ou mais. A C300 Cup é a evolução da C250 Cup, que deu início à categoria em 2011 e existiu até 2019.

ZOIAO 3

Também tive a oportunidade de correr no Mercedes-Benz Challenge. Aconteceu na terceira etapa de 2018, em Interlagos. Deu pódio, com quinto lugar na C250 Cup, que tinha 16 carros dos 25 carros daquele grid.

*** Todos os carros do grid passaram por reestruturações de ordem aerodinâmica e visual, alinhando a categoria com as linhas atuais de carros da marca alemã. O trabalho de modernização dos carros, tratado como “facelift”, foi desenvolvido por Betão Fonseca, piloto e chefe de equipe da CenterBUS-Sambaíba Racing, com José Pavão, responsável pela fabricação dos kits das novas peças. O projeto e sua execução foram acompanhados pelo WTT Group e tiveram a devida homologação da Mercedes-Benz. Foi esse facelift, aliás, o responsável pela conversão da C250 Cup em C300 Cup.

*** As equipes do Mercedes-Benz Challenge seguem responsáveis pelo acerto de seus carros, ficando o gerenciamento do “power train” – conjunto que compreende motor, câmbio e gerenciamento eletrônico – a cargo da Advanced Motorsport. Esse trabalho será comandado pelo engenheiro Ricardo Ramos, cujo histórico de atuação nas competições inclui passagens pelo DTM.

*** A estimativa de custo por etapa para os pilotos parte de R$ 17 mil na C300 Cup e de R$ 25 mil na CLA 45 AMG Cup, valores que já incluem a taxa de inscrição. É, como mencionei, uma estimativa, que estará condicionada ao acordo celebrado com cada equipe – obviamente são muitos os fatores que influem na definição desse orçamento. Cabe lembrar que a participação em dupla nas etapas segue admitida pelo regulamento.

Screenshot_20200606-113448_WhatsApp

O visual dos carros do Mercedes-Benz Challenge também vai mudar, a partir do facelift desenvolvido por José Pavão, e todos os carros, das duas categorias, vão incorporar o novo kit aerodinâmico.

*** Várias parcerias técnicas já estão celebradas pela gestão do Mercedes-Benz Challenge para repasse integral aos pilotos. São os casos dos freios, com discos da Fremax e pastilhas da Fras-le, do óleo lubrificante da Petronas, das peças de suspensão da Viemar para os carros da CLA 45 AMG Cup e dos serviços de revisão e manutenção da Real Radiadores. Há mais parcerias do gênero sendo costuradas.

*** A Pirelli segue como fornecedora exclusiva de pneus para o campeonato. Houve uma negociação com a marca para que se formatasse um custo mais acessível aos pilotos.

*** Uma novidade de 2020 é o lançamento, esperado para julho, do E-MB Challenge, campeonato de automobilismo virtual ambientado em carros da marca, que terá categorias distintas para pilotos profissionais e amadores. Os profissionais terão a possibilidade de utilizar nas corridas do AV o mesmo layout que têm em seus carros reais. Será um ambiente a mais para fomentar a entrega a patrocinadores e parceiros e também aos pilotos da categoria, além de fomentar a interação entre os integrantes das corridas reais e das virtuais.

*** A escolha das praças que receberão as corridas não estará atrelada apenas ao campo desportivo, mas também as estratégias de ativações da fábrica e de sua rede de concessionários no Brasil.

Screenshot_20200606-113442_WhatsApp

CLA 45 AMG Cup e C300 Cup são as classes do Mercedes-Benz Challenge, determinadas pelo modelo de cada carro. Além disso, a categoria passa a contar com um campeonato de automobilismo virtual.

*** O calendário original, elaborado antes da paralisação das atividades esportivas por conta da pandemia do Covid-19, previa oito etapas. Seriam cinco em Interlagos e outras três distribuídas entre os autódromos Velo Città, de Curitiba e de Goiânia, tal qual ocorreria com as categorias do próprio Paulista. Após quase três meses sem corridas, o planejamento passa a ser, para o Mercedes-Benz Challene, de seis fins de semana de eventos.

*** As etapas passam a ser disputadas em duas corridas de 30 minutos, cada. Até 2019 o formato era de uma corrida única de 45 minutos, com parada obrigatória nos boxes.

*** A transmissão das corridas está garantida. Na televisão o formato será de exibição de um VT compacto da primeira corrida imediatamente antes da transmissão ao vivo e na íntegra da segunda, numa janela total de uma hora de grade de programação – seguimos, pois, mostrando todas as etapas pelo BandSports. Na internet as transmissões via streaming serão ao vivo para as duas corridas. A gestão do Mercedes-Benz Challenge negocia, ainda, a inclusão das categorias em uma terceira plataforma de exibição de eventos ao vivo.

Ah, e a categoria tem um novo perfil no Instagram. É o @mercedesbenzchallenge. Vale seguir.

Screenshot_20200606-113436_WhatsApp

A CLA 45 AMG Cup passou a integrar o grid do Mercedes-Benz Challenge em 2014. Arnaldo Diniz, Fernando Júnior (duas vezes), Luiz Carlos Ribeiro, Raijan Mascarello e Felipe Tozzo foram os campeões.

Senna, 60: todas as vitórias

CASCAVEL – Nada de grandes papagaiadas patrióticas, mas cabe lembrar: Ayrton Senna faria 60 anos hoje. Nada a escrever a respeito de uma data que não existe – ou de um evento que não existe nesta data, melhor dizendo.

O que Senna faria da vida nos dias de hoje? Estaria se divertindo no Mundial de Endurance? Teria se aventurado nos ovais da Indy depois de encerrar a carreira na Fórmula 1 guiando carros da Ferrari? Estaria desafiando a resistência do próprio estômago exercendo algum mandato no meio podre da política brasileira? Será que vivo ainda sustentaria o rótulo de ídolo brasileiro, como Pelé e Zico, Chico Anysio, Zé Rico, Sílvio Santos?

Bem, Ayrton Senna faria 60 anos hoje, e se vivo talvez até estivesse nos ajudando, a nós que orbitamos as corridas de carros no Brasil, a pensar em soluções para a reposição dos calendários que o vírus chinês forçou a suspenderem. Como se foi, limito-me a relembrar, neste espaço modesto e pouco visto, as 41 vitórias conquistadas na Fórmula 1 por um brasileiro que se tornaria, hoje, um ilustre sexagenário.

GP de Portugal, Estoril, 21 de abril 1985. Screenshot_20200320-102841_Chrome

GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, 15 de setembro 1985Screenshot_20200320-104653_Chrome

GP da Espanha, Jerez de La Frontera, 13 de abril de 1986Screenshot_20200320-103713_Chrome

GP dos EUA, Detroit, 22 de junho de 1986Screenshot_20200320-103909_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 31 de maio de 1987Screenshot_20200320-104114_Chrome

GP dos EUA, Detroit, 21 de junho de 1987Screenshot_20200320-104033_Google

GP de San Marino, Imola, 1º de maio de 1988Screenshot_20200320-105131_Chrome

GP do Canadá, Montreal, 12 de junho de 1988Screenshot_20200320-105239_Chrome

GP dos EUA, Detroit, 19 de junho de 1988Screenshot_20200320-105402_Chrome

GP da Inglaterra, Silverstone, 10 de julho de 1988Screenshot_20200320-105522_Chrome

GP da Alemanha, Hockenheim, 24 de julho de 1988Screenshot_20200320-110209_Chrome

GP da Hungria, Hungaroring, 7 de agosto de 1988Screenshot_20200320-105825_Chrome

GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, 28 de agosto de 1988Screenshot_20200320-111056_Chrome

GP do Japão, Suzuka, 30 de outubro de 1988Screenshot_20200320-110017_Chrome

GP de San Marino, Imola, 23 de abril de 1989Screenshot_20200320-105101_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 7 de maio de 1989Screenshot_20200320-113034_Chrome

GP do México, Cidade do México, 28 de maio de 1989Screenshot_20200320-113132_Google

GP da Alemanha, Hockenheim, 30 de julho de 1989Screenshot_20200320-113948_Chrome

GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, 27 de agosto de 1989Screenshot_20200320-114104_Chrome

GP da Espanha, Jerez de La Frontera, 1º de outubro de 1989Screenshot_20200320-114239_Chrome

GP dos EUA, Phoenix, 11 de março de 1990Screenshot_20200320-114750_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 27 de maio de 1990Screenshot_20200320-115032_Chrome

GP do Canadá, Montreal, 10 de junho de 1990Screenshot_20200320-115406_Chrome

GP da Alemanha, Hockenheim, 29 de julho de 1990Screenshot_20200320-113837_Twitter

GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, 26 de agosto de 1990Screenshot_20200320-115558_Chrome

GP da Itália, Monza, 9 de setembro de 1990Screenshot_20200320-115732_Twitter

GP dos EUA, Phoenix, 10 de março de 1991Screenshot_20200320-120147_Chrome

GP do Brasil, Interlagos, 24 de março de 1991Screenshot_20200320-121008_Chrome

GP de San Marino, Imola, 28 de abril de 1991Screenshot_20200320-121415_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 12 de maio de 1991Screenshot_20200320-122027_Chrome

GP da Hungria, Hungaroring, 11 de agosto de 1991Screenshot_20200320-122406_Google

GP da Bélgica, Spa-Francorchamps, 25 de agosto de 1991Screenshot_20200320-122600_Twitter

GP da Austrália, Adelaide, 3 de novembro de 1991Screenshot_20200320-121405_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 31 de maio de 1992Screenshot_20200320-121428_Chrome

GP da Hungria, Hungaroring, 16 de agosto de 1992Screenshot_20200320-122952_Chrome

GP da Itália, Monza, 13 de setembro de 1992Screenshot_20200320-123117_Chrome

GP do Brasil, Interlagos, 28 de março de 1993Screenshot_20200320-120443_Chrome

GP da Europa, Donington Park, 11 de abril de 1993Screenshot_20200320-123444_Chrome

GP de Mônaco, Monte Carlo, 23 de maio de 1993Screenshot_20200320-123639_Chrome

GP do Japão, Suzuka, 24 de outubro de 1993Screenshot_20200320-123921_Chrome

GP da Austrália, Adelaide, 7 de novembro de 1993Screenshot_20200320-124028_Chrome

Na íntegra: Hyundai Copa HB20 2019

copa hb20 interlagos

A programação em Interlagos acabou sendo composta por três corridas, para reposição da prova suspensa no Velopark. Uma delas, a “Sunset Race”, obviamente ao cair da tarde. Foto produzida pelo Rodrigo Ruiz.

CASCAVEL – Sem corridas no Brasil por pelo menos mais um mês por conta da pandemia, encontrei tempo para, como dizem hoje, “maratonar” uma série. Mas não série policial, de comédia ou investigativa. Vou “maratonar”, sim, a série de 16 corridas que compuseram a primeira temporada da Hyundai Copa HB20.

A sequência de cada etapa é composta por dois vídeos. O primeiro de cada sequência tem, logicamente, apenas a primeira corrida da etapa, a que abria a rodada dupla no sábado. O segundo traz um compacto da corrida da véspera e a íntegra da segunda, reproduzindo a íntegra da transmissão ao vivo dos eventos pelo BandSports – o canal continuará acolhendo as corridas em 2020, aliás. Narrei todas elas. Daniel Kelemen, piloto de corridas e organizador da competição, foi meu comentarista em maioria delas, parceria que também acabou sendo exercida, em momentos esporádicos, por Átila Abreu, Jan Telecki, Marcelo Gomes e Marcelo Zebra.

Quanto ao post de ora, um detalhe a ser observado: a etapa do Velopark acabou tendo só a corrida do sábado. Choveu horrores no domingo e a decisão comum foi a de adiar a segunda prova, que acabou reposta no fim de semana de encerramento do campeonato, em Interlagos. Assim, na sexta etapa, temos uma prova no Velopark, disputada em outubro, e outra em Interlagos, de dezembro.

 

CAMPO GRANDE, ETAPA 1, CORRIDA 1

CAMPO GRANDE, ETAPA 1, CORRIDA 2

 

LONDRINA, ETAPA 2, CORRIDA 1

LONDRINA, ETAPA 2, CORRIDA 2

 

CURVELO, ETAPA 3, CORRIDA 1

CURVELO, ETAPA 3, CORRIDA 2

 

SANTA CRUZ DO SUL, ETAPA 4, CORRIDA 1

SANTA CRUZ DO SUL, ETAPA 4, CORRIDA 2

 

CASCAVEL, ETAPA 5, CORRIDA 1

CASCAVEL, ETAPA 5, CORRIDA 2

 

VELOPARK, ETAPA 6, CORRIDA 1

INTERLAGOS, ETAPA 6, CORRIDA 2

 

GOIÂNIA, ETAPA 7, CORRIDA 1

GOIÂNIA, ETAPA 7, CORRIDA 2

 

INTERLAGOS, ETAPA 8, CORRIDA 1

INTERLAGOS, ETAPA 8, CORRIDA 2

Mil Milhas com pneus slick e pneus de rua

FB_IMG_1583458725843

Largada da Mil Milhas do Brasil em 2020, no primeiro minuto de 15 de fevereiro, com uma dúzia de carros. Aposto que esse número vai pelo menos triplicar para 2021. A foto é do Cláudio Kolodziej.

CASCAVEL – “A Elione Queiroz foi mais homem que muitos promotores de corrida que eu conheço”. Devo ter dito essa frase a mais de uma dezena de amigos no mês passado, durante e depois da realização da Mil Milhas do Brasil. Afinal, ela bateu no peito e, sob a incredulidade de um batalhão inoperante, assumiu a missão de fazer acontecer a corrida de mil milhas, que representa uma das maiores tradições do automobilismo nacional – se não a maior.

Fez, e colocou a primeira e a última hora da disputa de Interlagos ao vivo num dos principais canais esportivos da televisão por assinatura do continente. Teve pouco tempo para trabalhar na realização do evento, é verdade, e talvez esse tenha sido seu maior pecado na empreitada. Ainda assim, e com a perspectiva revelada na semana da corrida que o grid teria apenas 11 carros, a Elione manteve tudo que prometeu aos pilotos. No dia da largada, apareceu mais um carro, inclusive. Foi um grid de uma dúzia.

Screenshot_20200305-224021_Facebook

A Ginetta G55 de Vichiese, Turvey e Guerra teve até um princípio de incêndio durante um pit stop ao amanhecer, mas a situação foi contornada e a equipe Stillux venceu. Foto do Rafa Catelan.

Na pista, o que todo mundo sabe. Vitória de Ésio Vichiese, Stuart Turvey e Renan Guerra com a Ginettta G55 da Stillux Racing, segundo lugar do quarteto da Autlog Racing, que teve Flávio Abrunhoza, Leandro Ferrari, Renato Braga e Marcelo Brisac revezando a pilotagem do Mercedes-Benz AMG GT4, terceira posição do quarteto gaúcho da Motorcar, que reuniu no protótipo MRX os irmãos Gustavo e Rafael Simon e mais Maninho Cardoso e seu filho Rafael Cardoso. Fora da pista, bastante gente do automobilismo concomitando reações diversas: uns, o arrepedimento por não ter alinhado seu carro no grid; outros, o reconhecimento – nem sempre sincero – de que Elione se superou ao plantar a semente da Mil Milhas do Brasil; e outros, ainda, resistentes a reconhecer o mérito da promotora do evento de fazer uma corrida de mil milhas voltar a acontecer depois de mais de uma década de promessas de vários lados.

Li e ouvi, na época da Mil Milhas do Brasil, bastante gente se queixando da formatação do regulamento técnico, que grosso modo admitia apenas carros calçados por pneus slick. A alegação, neste caso, acabava servindo como justificativa para a ausência no grid. “Se abrissem para carros com pneu de rua eu teria corrido”. Bem, uma das mudanças para a edição de 2021 da Mil Milhas Brasil está aí: o regulamento será reformulado e oferecerá categorias para acolher carros de turismo com pneus de rua.

Screenshot_20200307-100656_Photos

O Mercedes AMG GT4 de Abrunhoza, Ferrari, Braga e Brisac teve um problema nos freios pela manhã. Até então, disputou a liderança volta a volta com a Ginetta G55. Outra foto do Rafa Catelan.

Reconhecendo que a iniciativa de fazer a Mil Milhas do Brasil acontecer com um trabalho de poucos meses foi “um atrevimento”, a Elione me antecipou que a edição de 2021 já está confirmada para dia 25 de janeiro, integrando o calendário oficial de festividades pelo aniversário da cidade de São Paulo. Como a data vai cair numa segunda-feira, imagino que possa haver uma antecipação para dia 24, domingo. Com largada à meia-noite, como foi no mês passado, isso já está definido.

Elione foi bastante questionada antes da prova do mês passado. Enfrentou resistência, inclusive, do clube detentor do nome “Mil Milhas Brasileiras”. Foi diante disso que o nome mudou para “Mil Milhas do Brasil”, outra marca, e o evento aconteceu sob chancela da Federação de Automobilismo de São Paulo.  “Depois do nosso atrevimento apareceram vários parceiros interessados em estar conosco no ano que vem”, ela me contou. Bem, isso posso testemunhar:  eu mesmo estou tratando com ela as bases para que a Gold Classic, categoria de carros clássicos e antigos que promovo desde 2018, abra a próxima temporada na programação preliminar da Mil Milhas. Vai dar certo, eu diria.

Esse regulamento reformulado, com admissão dos carros de turismo com pneus de rua, será colocado à prova antes disso, segundo a Elione, que planeja praticá-lo na outra corrida a que aplica seu trabalho e sua assinatura: 12 Horas de Goiânia, no dia 25 de julho. Tal qual ocorreu com a Mil Milhas, a corrida de daqui a quatro meses e meio está sendo planejada para ocorrer em caráter extracampeonato. E, segundo a Elione, sob o mesmo esquema de transmissão pela televisão.

 

FB_IMG_1583458733527

Pódio da Mil Milhas. A partir da esquerda: Nenê Finotti, Marcelo Servidone, Jorge Machado, Tinoco Soares, Pipa Cardoso, José Vilela, Flávio Abrunhoza, Leandro Ferrari, Renato Braga, Renan Guerra, Ésio Vichiese, Stuart Turvey, Gustavo Simon, Rafael Simon, Rafael Cardoso, Maninho Cardoso,  Ciro Paccielo, Álvaro Vilhena e Evandro Camargo.

Na íntegra: Copa HB20 2019, 7/8

SÃO PAULO – Como amanhã começa a programação da rodada tripla que encerra a temporada da Hyundai Copa HB20, vamos completar no blog a série de postagens com os vídeos na íntegra das corridas de 2019. Hoje, as duas da etapa do mês passado em Goiânia.

Primeiro vídeo com a íntegra da corrida de sábado, segundo vídeo com a transmissão pelo BandSports, que incluiu o VT compacto da primeira prova e o ao vivo da segunda.

Na íntegra: Copa HB20 2019, 6/8

SÃO PAULO – A passagem da Hyundai Copa HB20 por Nova Santa Rita foi a mais atípica até aqui. Não pelo que aconteceu na pista, mas pelo que deixou de acontecer: a segunda corrida, do domingo. A chuva deixou o traçado do autódromo Velopark numa condição considerada impraticável e a direção de prova, em conjunto com a diretoria do campeonato, optou por não autorizar a largada para a prova complementar da etapa.

Não haverá buracos no calendário, é bom que se frise. Essa corrida, com o mesmo grid definido na prova do sábado gaúcho, acontecerá neste sábado em Interlagos, no início da tarde. Depois disso é que se farão as provas da etapa paulista, a última do campeonato. Horários de largada e consequentemente das transmissões ao vivo estão devidamente indicados nas mídias sociais do campeonato – @copahb20, no Instagram, e /CopaHB20, no Facebook.

A única corrida que aconteceu no Velopark, com geração de imagens da Master CATVE e minha narração, segue reproduzida aqui.

Na íntegra: Gold Classic Cascavel 2019

SÃO PAULO – Boa parte da manhã foi despendida a conversas e tratativas acerca da continuidade da Gold Classic, evento que o Edson Massaro e eu criamos quase sem querer lá em Cascavel no ano passado e que acabou caindo no gosto da nossa galerinha do automobilismo.

Já foram três edições. A última dessas completou um mês ontem. Aconteceu lá mesmo, em Cascavel, na preliminar da última Cascavel de Ouro. Tivemos as corridas exibidas na internet e também pela CATVE, conforme podemos rever nos vídeos a seguir.

As corridas das duas primeiras edições também estão disponíveis aqui no blog: a primeira de 2018 em Cascavel está nesse link aqui; a de setembro último em Interlagos pode ser vista aqui. Ao que tudo indica, conforme as intenções manifestadas pelos próprios pilotos, a Gold Classic terá três edições ao longo de 2020. Foi sobre isso, inclusive, que me debrucei hoje cedo. Encaminhar a organização desses três eventos.

Na íntegra: Copa HB20 2019, 5/8

SÃO PAULO – Chegou a semana da decisão da Copa HB20, evento especial com três corridas em Interlagos, o que me faz lembrar que há tempos não trago aqui ao blog os vídeos com a íntegra das corridas. Então, hora de recuperar esse prejuízo a fórceps.

Hoje temos aqui os VTs das provas que marcaram a quinta etapa, no início de outubro em Cascavel. A primeira corrida, no sábado, teve transmissão pela internet. Ei-la, com minha narração e comentário do Daniel Kelemen.

Na transmissão de domingo pelo BandSports e pela CATVE, que incluiu um VT compacto da primeira corrida e o ao vivo da segunda, o time de transmissão teve a participação especial de Atila Abreu, piloto da Stock Car e do Porsche Império Endurance Series, como comentarista convidado.