Negócio fechado?

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SÃO PAULO – Não é uma notícia, é bom que se frise desde já. É um indício, até forte, mas não uma notícia. E não é notícia porque, primeiro, a direção do Autódromo Internacional de Curitiba não proporcionou qualquer manifestação formal a respeito; segundo, porque toda vez que se manifesta sobre o assunto é para negar que haja alguma transação em curso.

Mas eu falava da not… Ops!, do indício forte, e este é de que a venda dele, do Autódromo Internacional de Curitiba, já esteja fechada. A compra teria sido (odeio “teria sido”) efetuada por uma grande empreiteira, não faço ideia de qual pudesse ser, que vai destinar grande parte da área do autódromo, pelo menos metade dela, à construção de unidades habitacionais do projeto “Minha Casa, Minha Vida”.

Nada contra o projeto, que é uma das raras coisas positivas do governo atual, mas tudo a favor do automobilismo de competição de onde tiro meu sustento. Torço, particularmente, para que não passe de boato, que seja solenemente desmentido em comunicação futura.

Os boatos dando conta da venda do AIC não vêm de hoje. Já circulam há um bom tempo. E é salutar que se observe que trata-se de uma propriedade particular, suscetível ao destino que seu proprietário, no caso o empresário Jauneval “Peteco” de Oms, achar melhor. Peteco, em 1994, teve a iniciativa de transformar um banhado cortado por uma pista de corrida em um dos complexos automobilísticos mais bem estruturados da América do Sul, que serviu a todas as categorias que se possa imaginar desde setembro de 1996, quando reinaugurado com as melhorias mantidas até hoje. O livro “Objetivo definido”, do ex-piloto Flávio Trindade, conta boa parte dessa história. E lá se vão duas décadas.

Peteco vendeu o autódromo? Não dá para afirmar, e os próximos meses nos darão respostas conclusivas a respeito. Mas, se vendeu, não terá exercido nada mais que seu direito pleno. Além do mais, há alguém disposto a alegar que corridas de carros são mais rentáveis que construção e venda de casas populares?

6 pensamentos sobre “Negócio fechado?

  1. A família Chagas não tem mais participação no negócio? Querem saber, se eu estivesse no lugar do Peteco, venderia. Se sujeitar aos mandos, desmandos e caprichos de dirigentes que não estão nem aí com o esporte… venderia sim e viveria feliz numa ilha caribenha – desde que democrática, claro.

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