F4 Sudam: agora vai?

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CASCAVEL – Caberá a Mercedes, capital do departamento uruguaio de Soriano, cidade situada a 300 km da capital Montevidéu, a sede do primeiro evento da história do Sul-Americano de Fórmula 4. Ressuscitando os carros que Felipe Massa pôs na pista de 2010 a 2012 com a brasileira Fórmula Futuro. A categoria-escola não vingou por aqui e, é a torcida geral, pode vingar pelas mãos de uruguaios e argentinos – Gerardo “Tato” Salaverría, que já competiu na Fórmula 3, na Super TC e na TC2000, é o mandachuva do campeonato.

Campeonato que mantém o sistema de equipe única, tal qual era na F-Futuro, e que começa um tanto minguado, com apenas oito pilotos na pista. Três deles são brasileiros – todos paulistas, na verdade. Bruno Batista (carro número 25), de 16 anos, Felipe Ortiz (35) e Enzo Bortoleto (85), ambos com 15 anos. Os testes coletivos realizados em El Pinar, no Uruguai, tiveram Enzo (na foto lá do alto) e Felipe (o da foto ao fim do post), nesta ordem, como os mais rápidos entre todos os participantes. Renato Júnior, do Rio de Janeiro, também participou desses testes, até agora não tenho notícia de sua participação na rodada dupla em Mercedes.

O Uruguai também confirma três pilotos no evento do fim de semana em Mercedes – Francisco Cammarota Ortiz (9), Frederick Balbi (34), Federico Esslin (55). Pela Argentina, vão competir Mauro Marino (10) e Alessandro Salerno (99).

Os monopostos da Fórmula 4 são empurrados pelos motores Power Train 1.8 de 16 válvulas da Fiat, que desenvolvem 150 cavalos de potência. O câmbio sequencial Sadev de cinco marchas, o volante utilizado na GP3, que indicam dados do motor, de força G longitudinal e transversal, velocidade, posição do volante (essa não deveria ser óbvia?) e de acelerador e pressão dos freios Alcon completam o conjunto, que em primeiro momento apresenta-se como bem propício para a molecada que está saindo do kart. “O melhor de tudo é que podemos participar de um campeonato novo sem ter que mudar de país e abandonar a escola”, falou Batista, segundo relatou o Ricardo Montesano em material distribuído ontem à imprensa.

O Sul-Americano de Fórmula 4, que argentinos e uruguaios tratam como “F4 Sudam”, denominação corretíssima para as bandas de lá, é composto por dez rodadas duplas. Uma temporada custa algo em torno de R$ 80 mil dólares, pouco mais que 180 mil reais em dinheiros de hoje.

As duas primeiras rodadas duplas serão disputadas no Uruguai – essa de sábado e domingo agora em Mercedes e a de 3 e 4 de maio no autódromo de El Pinar. Depois serão quatro rodadas em pistas argentinas – Chaco, nos dias 21 e 22 de junho, Termas de Río Hondo, dias 2 e 3 de agosto, San Luis, em 23 e 24 de agosto, mais uma ainda não definida nos dias 13 e 14 de setembro, em programação conjunta com a Top Race, e por fim La Pampa, nos dias 27 e 28 de setembro. A primeira aparição no Brasil acontecerá em Curitiba, no dia 19 de outubro – o confronto de calendários deixa óbvio que será na mesma programação do evento que congrega Copa Petrobras de Marcas, Mercedes-Benz Challenge e Fórmula 3 Brasil. E penúltima etapa, dias 8 e 9 de novembro, será no Uruguai, com sede indefinida entre o recém reformado autódromo de Rivera e a pista de rua de Piriapolis. A etapa final, dias 13 e 14 de dezembro, levará a categoria de volta à Argentina, para mais um evento com sede ainda não definida e novamente em programação conjunta com a da Top Race.

A primeira rodada dupla terá a primeira corrida no sábado, com largada às 17h40 de Brasília, e a segunda no domingo, a partir das 11h20. Cada corrida terá duração de 22 voltas ou 30 minutos, o que for atingido primeiro, e mais uma volta. A programação de treinos terá duas sessões livres de 30 minutos, uma na sexta a partir das 14h50 e outra no sábado às 9h20. A tomada de tempos classificatória vai começar às 11h20, sempre considerando horários daqui.

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