Em Goiânia, em Guaporé

AhPDEvFMmFlXHJrYVMcZ3uV_W8zlOJn2ntAiqlYjq-kYLONDRINA – Foi esse, com 17 carros, o grid da primeira corrida do Festival Brasileiro de Marcas & Pilotos 1.6, agora há pouco em Guaporé. Ou Festival Turismo 1.600, nome que lhe é atribuído oficialmente pela Confederação Brasileira de Automobilismo, sua promotora.

Era para ser um grid maior. Bem maior. A categoria Marcas & Pilotos vive, no âmbito dos vários campeonatos regionais existentes país afora, um momento interessante, apesar do perrengue econômico que assola todo mundo e que só não vê quem não quer ou quem passou por lavagem cerebral pela corrente governista atual.

Era para ser em Goiânia, o sétimo Festival Brasileiro da CBA. Foi em Guaporé, e debite-se a mudança definida dois ou três meses atras a um pecado imperdoável da própria CBA: a inexistência de um regulamento técnico unificado para a categoria. Cada campeonato regional tem suas próprias regras, distintas umas das outras. Foram desdobramentos dessa diferença entre os regulamentos que tiraram a competição de Goiânia e a levaram à agradabilíssima Serra Gaúcha.

No caso dos goianos, que têm hoje o campeonato mais forte do Brasil, a mudança abriu brecha para a realização de outro festival, o Torneio Centro-Oeste de Marcas & Pilotos, com premiação em dinheiro e tudo mais. Também neste fim de semana. Ontem havia pelo menos 35 carros na pista em um dos treinos livres a cujo resultado tive acesso. Aos pilotos, a bem da verdade, acaba não interessando amiúde o título que cada evento põe em jogo. Piloto quer saber é de correr.

Os gaúchos, que diante da desistência – até certo ponto forçada – de Goiânia assumiram a organização do Festival, honraram aquilo a que se propuseram. Também viabilizaram premiação em dinheiro. De última hora, acabaram assumindo o compromisso de ressarcir equipes que tiveram de providenciar o transporte de seus carros até Guaporé, houve alguns contratempos com a carreta-cegonha oferecida pela CBA para o transporte dos carros inscritos.

Todos se viram como podem, enfim. Não foi diferente com os cascavelenses em outubro, quando organizamos aquela que talvez tenha sido a maior e melhor Cascavel de Ouro de todos os tempos – não vi todas, por isso ponho a afirmação na condicional.

Mas há um fato, e acerca desse fato todos têm sua própria razão: os mais de 50 carros que estão na pista em Goiânia e em Guaporé desde ontem até amanhã poderiam, deveriam, estar compondo um único grid. Não estão, porque 2015 não foi, ainda, o ano da unificação do regulamento dos regionais de Marcas & Pilotos. A festa de encerramento da temporada para os pilotos e as equipes que fazem o melhor dos automobilismos deixou de ser melhor do que é.

Se todo mundo que já assumiu de algum modo a causa da unificação realmente se propuser a ela, com cessões por parte de todos, os próximos capítulos dessa história serão bem mais interessantes e terão adesão ainda maior. 2016 é logo ali.

4 pensamentos sobre “Em Goiânia, em Guaporé

  1. A unificação dos regulamentos é quase tão difícil quanto alcançar a paz no oriente médio, pois as pequenas diferenças que existem entre os regulamentos acontecem devido à busca pelo equilíbrio técnico entre os carros em circuitos com características diferentes.
    O regulamento do metropolitano de Cascavel é diferente do de Curitiba, nem dentro do Paraná existe a unificação.
    A verdadeira sacanagem é o Festival Brasileiro de Marcas em Guaporé e o Torneio Centro-Oeste ocorrem na mesma data, é uma CAGADA imperdoável !
    Luc, V. sabe quem foi o primeiro que marcou o evento ?
    Seria a coincidência proposital, uma picuinha entre FAUGO e CBA/FGA ou apenas um erro crasso ?

      • Não me refiro às diferenças de regulamento, elas são pequenas e existem para tentar equilibrar a disputa entre os diversos veículos.
        Aqui em SP, teve uma época em que começou um domínio total dos Celta e Corsa, virou o Campeonato Paulista de Marca Chevrolet, para solucionar isto, o peso mínimo destes foi aumentado em 30Kg, muitos pilotos chiaram, mas o equilíbrio voltou, tivemos vitórias de Palio e Gol e bons desempenhos de Fiesta e Ka.
        O que DEVE ser evitado é a coincidência de datas.

  2. Pingback: A caminho da unificação | BLuc

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